sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Assim é: Bruna Câncio

Nossa próxima entrevistada é uma amiga “das antigas”. Acho que nos conhecemos via internet: eu querendo montar uma banda, e ela querendo tocar guitarra. Aí nos encontramos ao vivo na Escola de Música da UFBA, ela toda pequena, com a farda do colégio e um violão na mão, morrendo de vergonha, cantando pra dentro... Uma onda (risos). Montamos repertório, fizemos e refizemos bandas, até a clássica Manga Rosa, com um curto tempo de vida, porém muito intenso. Bom, continuamos nos apoiando, principalmente nas canções próprias e nas ideias loucas de fazer e gravar música. Tudo muito bom, apesar da enrolação natural que acometem os nascidos na Bahia (é fato!). Enquanto Bruna selecionava os textos da faculdade que ficariam e os que iriam para o lixo, comecei a entrevista:


Iara - Estou hoje aqui na casa de Bruna Câncio, no Canela, com uma vista maravilhosa, que nunca mais tinha visto. Me deu saudade de morar neste bairro. Bom, indo direto ao assunto, vou começar com a pergunta que a última entrevistada deixou: 2014 ou 2016?

Bruna – 2014. Eu amo a Copa, e nunca soube muita coisa sobre as Olimpíadas, e Copa pelo menos a gente ganha né? Acho mais legal (risos). É como ser São Paulino, eu odeio esse time, mas deve ser legal ser campeão 3 vezes seguidas, deve dar mais vontade de torcer. E tipo, eu sou palmeirense, e tô muito puta com essa história de perder. Então 2014 é mais legal. A não ser que o César Cielo fique com um pé maior do que o do Phelps (risos).

Iara – Bruna, o verão na Bahia é...

Bruna - Muito bom. É a época mais interessante da cidade e é a melhor época do ano pra mim porque a cidade anima, não chove tanto, e infelizmente eu ainda gosto do Carnaval, mesmo com os camarotes e tal, eu me divirto. Sei lá, Salvador fica mais a cara de Salvador no verão, porque rola tanto engarrafamento que a gente fica louco pra ver o povo na praia. E o congestionamento ser na areia pra achar um lugar e não no trânsito... Pô, o verão faz a gente ir para Barra, para Stella e ficar lá o dia inteiro, e quando volta o trânsito está mais livre, o vento batendo... Poxa, o verão é muito bom!

Iara – Agora uma pergunta séria: o que você achou de Copenhagen?

Bruna – Eu vi hoje as notícias, bem rápido. Eu vi que foi frustrante, mas eu também não estava esperando muita coisa não. Eu acho que eles fazem muita mídia em cima, mas político é tudo igual né, mesmo sendo estrangeiros eles continuam com um discurso muito bonito e nunca chegam a lugar nenhum. Poucos fazem, na verdade. É, eu não esperava muita coisa e é bizarro criar todo esse clima de frustração porque é como se todos fingissem acreditar que chegariam a algum tipo de solução com uma reunião dessas. Eu acho que Obama está tendo alguns posicionamentos muito melhores daqueles que a gente estava acostumado a ver em um presidente dos Estados Unidos. E Lula, apesar de tudo, alcançou grande parte das expectativas com relação a ele, frustrou algumas, mas não todas. A ponto de que, se eu tivesse que votar em alguém para presidente do Brasil seria ele novamente. Ele ficou na minha cabeça como “O Presidente do Brasil”. Eu não imagino Dilma sendo a presidente, nem ninguém mais. Enfim, o evento é importante que se faça, mas todo mundo continua sendo político, e quando se reúnem não chegam a lugar algum.

Iara – As rapidinhas: uma música linda.

Bruna – Thank you, de Dido. Porque eu li a letra hoje e achei linda.

Iara – Uma sobremesa ruim.

Bruna – Manjar branco. Minha mãe sempre faz quando quer economizar, e coloca tanto leite de coco... Detesto.

Iara – O que vai mudar em 2010?

Bruna – Rapaz, eu sei que eu vou mudar. Todo mundo vai, na verdade.

Iara – Momento bom de lembrar.

Bruna – A gente no palco, na apresentação da Manga Rosa, no Marista, quando a gente ganhou o festival, lembra? Foi bom demais ganhar.

Iara – Foi massa! A última e clássica pergunta para o próximo entrevistado.

Bruna – Caramba... É melhor decretar pena de morte no Brasil, ou baixar a menoridade penal?

Iara – Valeu Bruna. ;)