domingo, 30 de agosto de 2009

Posso fazer uma pergunta?

A primeira vez que vi a natureza deste blog, sobre pessoas comuns, ainda assim interessantes, de imediato imaginei as possíveis respostas de Rafael. Amigo há dez anos. Figura cuja popularidade só perde para a singularidade, Bradoque rimou atleta com poeta. Arteiro, entrevistou na própria entrevista. Agora procura se há “crime na arte”...
Ô Dodoque, onde você vai parar, hein?!
(Beto)


Bradoque – Sim, não tem aquele negócio lá do mundo de azul e o num sei o que de vermelho?
Iara – Quê? Ah, pinta a parede de azul...
Bradoque – Sim! Aí eu fiz um poema inspirado nela...
Iara – O que foi que você viu nessa música criatura?
Bradoque- Essa música é bonita. Então, o que acontece... Em 2007, no dia 27 de setembro, dia em que o Bahia tava subindo pra 2° divisão, e que a galera caiu lá na Fonte Nova, aí eu fiz um poema trabalhando com as cores e fazendo referência a esse acidente, e foi interessante (barulho de portão abrindo).Vamos? Vamos no Bompreço, por favor, eu acho o Bompreço fantástico.
Iara – Vamos, vamos...
(Beto e Júlia à tira colo.)

Madrugada no Bompreço de Armação...

Bradoque – Prometo falar a verdade, nada mais que a verdade, simplesmente a verdade em nome de Deus (risos). Vamos andando, vamos andando...
Iara – Bradoque, se concentre! (risos) Primeiro você tem que dizer o seu nome todo.
Bradoque – Rafael Alexandre Gomes dos Prazeres. Alexandre de parte de mãe e Gomes dos prazeres de parte de pai.

Iara – E porque Bradoque?
Bradoque – Ah, Bradoque é uma longa história. Eu estudava no mesmo curso Pré-Cefet que o pai de Beto ensina (risos gerais), e tinha um rito de passagem pra quem tava iniciando lá, que era o corredor polonês. Aí você ficava num corredor bem grande, pela quantidade de gente, e as pessoas só podiam bater na direção que você estava correndo, ou seja, na bunda e nas costas, só não podia na cabeça. Na época eu fazia judô, competição e tal, tava com o físico em alta, e passei tão rápido que pouco apanhei, e aí Gordinho falou: "pô, correu rápido que nem Bradoque." E também por causa dos meus olhos azuis, do meu cabelo loiro... (risos).
Beto – E aí, qual será o álcool que nós vamos tomar?
...
Iara – Qual é a próxima pergunta?
Bradoque – Eu posso te fazer uma pergunta? Por que você fez esse blog assim, qual a intenção do blog?

Iara – Verás (risos), verás... Então, Bradoque: o que há de novo na atualidade?
Bradoque – Algumas pessoas falam que não há nada de novo na atualidade, e eu discordo completamente, porque o que há de novo as pessoas conhecem, entendeu? Por exemplo, na música, tem muita gente fazendo muita coisa boa, na poesia também tem muita gente fazendo coisa boa. Então o que há de novo depende muito do local, do que se trata... A cerveja! Tem a Skol de 1 litro (risos). Tem muita coisa nova, mas o que há de novo que nunca existiu na vida... Não lembro agora. Ah, o arrocha é algo novo.

Iara – Mas o arrocha é música italiana abaianada.
Bradoque – Mas é novo, é igual àqueles elementos da tabela periódica, e existem aqueles todos, 128, eu acho, e a partir deles tudo é criado. O Carro de 3500 reais, da Índia, é novo, nunca teve antes, é o carro mais barato do mundo.
Iara – Ok, Betooo, it’s your time.

Beto – Rafa, pra que serve a arte?
Bradoque – Pra nada, a arte não serve absolutamente pra nada. É sério. A arte não serve pra nada. Mentira da galera que diz: "ah não, mas a arte serve pra abrir a cabeça..." Mentira! A arte não serve pra nada, não tem função nenhuma, e graças a Deus que a arte não tem função, é como se o homem estivesse voltando à sua essência, ao seu radical. Quer ver um exemplo: Marx, eu odeio marxistas, odeio mesmo, de coração, mas Marx falava que a essência das coisas é voltar ao seu radical, o radical é a sua raiz necessariamente. E o homem quando é radical tem que voltar à sua raiz, nós acabamos esquecendo a nossa raiz, enquanto ser vivo e tal...

(Pausas pra escolher o que comer)

Beto – Sim, retomando o raciocínio.
Bradoque - A essência do ser humano é voltar a sua raiz, ao que ele é de fato, um ser vivo. Mas o homem esqueceu sua raiz, e a arte é uma religare com essa raiz, uma religare incondicional. E é pra isso que a arte é geralmente utilizada. Ó, Sonho de Uma Noite de Verão (vendo o pocket book)...

Beto – Por que morar no Brasil?
Bradoque – Porque eu nasci no Brasil, e eu sou brasileiro e não desisto nunca (risos). Essa pergunta é boa, imagine, eu vou perguntar pro japonês: Japonês, por que morar no Japão? - iii, é porque nasci no Japão, né! (risos). É, porque nasci aqui, é mais uma questão de ter nascido mesmo, e nada mais, não tem muita explicação pra isso não.

Iara – Uma mulher mais ou menos sexy.
Bradoque – Pô, pergunta legal. Ela é sexy, aquela não sei o que Ranaldi. Pode ser famosa? Helena Ranaldi, ela não tem bunda, não tem coxa, mas ela é bonita.

Beto – Só tenho mais uma pergunta: Qual é a lembrança mais remota que você tem na sua memória?
Bradoque - Pô, eu já me fiz essa pergunta e me bati todo, foi quando eu estava lendo uma entrevista do Ariano Suassuna, na Caros Amigos, e fizeram essa mesma pergunta pra ele. Eu tentei lembrar da minha, talvez não seja a mais remota, mas é uma das mais antigas. Eu estava viajando para Recife, de ônibus, e nós íamos pelo menos umas 3 vezes por ano, pra ver minha vó, e férias de guri é grande né. Aí numa dessas vezes, eu sentei do lado da minha irmã, e ela deitou no meu colo, aí uma senhora disse assim: “ah, que bonitinho, vocês são irmãos? Ô, vocês parecem namorados...”

Beto – Mais ou menos quantos anos?
Bradoque – Talvez uns 7 anos. Ah, teve uma vez que a gente tava voltando de lá, de avião, aí eu tava no carro de meu tio indo pro aeroporto, e desde o ponto de partida até a chegada dava uns 40 minutos, e eu fui bochechando cuspe, que depois de um tempo foi acumulando né, ficando cheio de saliva. Aí quando a gente chegou, depois daqueles quarenta minutos, eu cuspi no chão e fiquei olhando, aí meu pai disse: "sai daí menino, deve ter sido algum doente que fez isso!" (risos gerais).

sábado, 29 de agosto de 2009

Todos dizem xis de cara nova!


Gente, estou em falta com o blog esses útlimos tempos, foi mal aí. Estou sem internet temporariamente, mas logo logo voltaremos à normalidade. E ah, assinei uma parceria com um grande entrevistador, músico, RP, historiador, Beto Gois. Então..

Aguardem!
Todosdizemxis de cara nova. :)

beijos