Iara - Você tem alguma dor gostosa?
Beto – Bom, se for uma dor física eu não tenho não, mas eu tenho umas dores... Eu não sei qual é a explicação pra isso, mas eu gosto... de sofrer. Eu gosto de sofrer. Gosto de filmes de terror e eu faço questão de ir ao cinema pra sofrer horrores, pra me assustar muito, me cagar de medo, entendeu? E eu costumo me apaixonar pelas mulheres que me fazem sentir medo, que possuam um olhar assustador, e eu também gosto de músicas e filmes que sejam reflexivos, com histórias tristes. Eu gosto de sofrer essa dor, acho que isso força a minha sensibilidade, e eu sinto prazer nisso.
Iara – Você faz alguém feliz?
Beto - (...) Essa é uma pergunta assim, como é que eu posso dizer... que vai explorar toda a minha... Como alguém me disse recentemente que eu sou “levemente convencido”, é uma pergunta que vai explorar todo o meu convencimento, né. Ok... Eu acho que faço muitas pessoas felizes!
Iara – Risos.
Beto – Bastante.
Iara – Ok, pergunta política agora, já que você é das comunicações e da história: Obama é o cara, ou seria o Lula?
Beto - Reformule sua pergunta, por favor. Obama tem 5 dedos nas duas mãos.
Iara – Risos. É o Obama que é o cara, ou é o Lula?

Iara – Verdade... Vou fazer uma pergunta contextualizada: como é ser Vital com seu sonho de metal?
Beto – Vital e sua moto? É fantástico. O negócio é o seguinte: ter uma moto fazia parte das dez coisas que eu gostaria de realizar na minha vida. Foi uma realização da porra! Foi ótimo, foi lindo. Andar de moto é uma delícia, como você comprovou há alguns minutos atrás. Mas aí eu caí, e morri de medo. Quando voltei a andar de moto fiquei com medinho, quem tem cú tem medo, e eu fiquei com medo de morrer, de ficar paraplégico, de me quebrar. Aí surgiram muitas propostas pr’eu abandonar a moto e comprar um carro, e eu topei. Então essa minha vida sob duas rodas está com os dias contados. Entretanto eu penso em daqui a alguns anos comprar outra moto, mais potente e continuar com o meu sonho de metal que é bom demais.
Iara – Agora nem é um pergunta “de veras”, é tipo o que a Xuxa fazia, pra responder rápido, sabe?
Beto – Ah, tipo bate e volta né? Iara, eu sou péssimo nisso.
Iara – Ó, uma música, aleatória, de cada músico/grupo que vou te dizer agora: Beatles, Nirvana, Madonna e Michael Jackson.
Beto – Billie Jean. Nirvana? Putz.. Acho que Lithium. E... Beatles é foda, eu gosto de Eleanor Rigby, é a que eu mais gosto. E qual era a outra? Ah, Madonna. Eu gosto de Like a Prayer.
Iara – Ok. Você acredita em Deus?
Beto – Eu não tenho um conceito pra Deus, eu acho que Deus é divino e eu sei lá qual é o conceito divino de Deus, eu só posso ter minhas opiniões humanas. Então eu não sei como é Deus, não sei como Ele trabalha, qual é o objetivo Dele, mas acredito que Ele exista.
Iara – É, acho que a maioria das pessoas acredita em Deus desse jeito.
Beto – Não, a maioria das pessoas vê um Deus judaico-cristão. Eu conheço pessoas que não deixam o namorado por que acham que vão sofrer retaliação, e isso é uma culpa cristã. Mas eu não acho que as coisas acontecem aqui na Terra porque Deus quis assim. Eu acho que as coisas acontecem porque acontecem, e é isso aí. É o jogo da vida. O cara que nasce surdo, nasceu surdo porque nasceu surdo. Se Deus fosse explicar tudo o que acontece com todo mundo e com todas as coisas, seria um negócio muito complexo, não faria sentido, as coisas são simplesmente assim porque acontecem assim. O Deus que a gente costuma acreditar é um Deus que interfere na vida da gente, e eu não sei se é isso. Acho que não é esse o objetivo Dele.
Iara – Uma atividade cotidiana boa.
Beto – Não é que seja a melhor coisa da minha vida, e não é que eu esteja desmerecendo o restante das coisas que eu costumo fazer, mas algo que se repete todos os dias e que pra mim é muito bom, muito agradável, e me impulsiona a sair de casa, é saber que verei Gabriela, Vanessa e Taís na Uneb, porque elas são pessoas muito agradáveis e eu gosto muito delas.
Iara – Ohhh, que lindo! Que romântico. Espero que elas comentem no blog depois. Risos.
Beto – Risos.
Iara – Agora lavando roupa suja: Por que a Clássico Blú acabou?
Beto – Porque Carlinhos se interessou por outras coisas. Risos.
Iara – É, e ponto final né. Risos. Minhas bandas nunca vão pra frente, será que é Deus? Risos.
Beto – Acontece. Risos.
(Depois de muito blá blá blá, e papos “in off”...)
Beto – Iara, você não vai pro céus de forma alguma! Risos. É aquilo, tipo, “você não vale nada, mas eu gosto de você”.
Iara – Ok Betinho. Poxa... Deixa eu ver: Uma viagem.
Beto – Oriente. Á pé, muito tempo. Bastante meditação, mas sem abandonar o sexo.

Iara – É importante né. Risos. Um hit.
Beto – Poxa, isso varia tanto, acho melhor não dizer. Tá bom... sei lá, Billie Jean.
Iara – A vida é:
Beto – Um barco sem fundo num oceano sem mar.
Iara – Essa frase é sua?
Beto – Não, eu li uma vez, mas não foi em nenhuma leitura intelectual. Foi num livro de piadas, eu acho.
Iara – Ah, ok Beto. Risos. Ah, e parabéns adiantado. ;)